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Todos os anos, no dia 26 de maio, acontece a tradicional Romaria e Festa de Nossa Senhora de Caravaggio, no bairro Capivari. Com o tema “Maria, faz-nos cultivar e guardar a criação”, este ano, aproximadamente 10 mil participantes são esperados.
A Romaria saiu às 6 horas da manhã, da Igreja Matriz dando início a peregrinação, que será coordenada pelo Provincial Passionista, Padre Amilton Manoel da Silva. A Imagem de Nossa Senhora do Caravaggio será conduzida até a Igreja São Pedro.
Estima-se que o percurso será de 11 quilômetros. A chegada da procissão está prevista para as 9h30, na comunidade Capivari. Às 10 horas, acontecerá a missa solene em celebração a Nossa Senhora do Caravaggio, presidida pelo Arcebispo da Arquidiocese de Curitiba, D. José Antônio Peruzzo. Logo após, haverá o tradicional almoço, além de apresentações artísticas.
Romaria a Capivari
Em 1977, em uma de suas idas à Capela de Capivari, Padre Valério Mascarello, dispondo de um tempinho antes da Missa, subiu ao antigo coro da Capela. Ali, em meio a muitas outras, deparou com uma imagem desbotada pelo tempo. Não lhe foi difícil descobrir que se tratava de uma imagem de Nossa Senhora de Caravaggio, dado ser o referido Padre originário da Diocese de Caxias do Sul (RS) da qual Nossa Senhora de Caravaggio é a Padroeira.
Com o assentimento da Comissão da Capela, Pe. Valério levou a vetusta e desgastada imagem ao Pe. Gregório Ligeri que, como devoto e artista, a restaurou. Surgiu, então, a ideia de devolver a imagem à Capela de Capivari mediante “improvisada” Romaria, em 26 de Maio de 1977, que reuniu umas 800 pessoas, perfazendo a caminhada de Colombo a Capivari.
No ano seguinte e até hoje, de maneira mais organizada, sempre no dia 26 de Maio, agora já precedida de um tríduo-celebrativo na Matriz, a Romaria criou corpo com o aumento de romeiros. O percurso da Romaria é de 11 quilômetros, finalizando sempre com a Celebração da Eucaristia.
Nossa Senhora de Caravaggio
Caravaggio, em 1432, não passava de um povoado pouco conhecido da Itália. Rodeado de altos muros, mais parecia uma fortaleza. Seus portões eram abertos pela manhã e fechados à tarde na hora das “Ave-Marias”. Havia até uma guarda militar especial para vigiar o referido povoado no qual morava Joaneta, jovem camponesa com 32 anos de idade. Era apontada pelos moradores como uma senhora simples, modesta, piedosa, cumpridora fiel de seus deveres religiosos. Sobressaia, de modo especial, pela sua ardente devoção à Virgem, Mãe de Deus. Era casada com um homem de caráter violento e dado ao vício da embriagues, Francisco Varoli, que se alistou como soldado na guarda do povoado, não era certamente exemplo de chefe de família, de cidadão e, muito menos, exemplo de fé e religiosidade. Contrastava, pois, com a virtude de sua santa esposa que era a vítima nas horas de fúria, sob o efeito do vinho. E os maus-tratos de Varoli não se reduziam a palavrões. Descambavam para agressões físicas.
Joaneta, resignada, tudo sofria com paciência, recorrendo à oração e à intercessão de Nossa Senhora.
No dia 26 de Maio de 1432, uma segunda-feira, lá pelas 17 horas, depois de uma grave investida de seu marido, Joaneta foi ao campo cortar pasto para os poucos animais domésticos do casal. Tudo devia realizar-se até às 18 horas, quando os portões do povoado eram fechados. Por isso, sua aflição, acrescida pelas ameaças do marido.
Angustiada, ajoelhou-se diante do feixe de capim, recorrendo à Mãe de Deus. E ali foi que lhe apareceu a Virgem Maria, trajando como as damas da época, encorajando Joaneta à oração e à confiança.
A Virgem Maria pediu se construísse uma capela no local, que servisse de centro de peregrinações. Ela confirmaria sua maternal presença com milagres e graças.
Hoje, lá em Caravaggio, um imponente e amplo Santuário está recebendo as preces de milhares de peregrinos em busca de favores materiais e espirituais. E a Virgem, Mãe de Deus, intercede por todos com generosidade maternal junto a Deus, de quem procede todo o bem.
Fotos – Divulgação
Via:: Jornal de Colombo
41ª Romaria e Festa de Nossa Senhora de Caravaggio
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